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A prática de preços ínfimos não é sinônimo de longevidade e nem de conquista financeira capaz de acumular reservas para um futuro desconhecido. Que a prostituição dos preços se faz presente no cotidiano de todos os mercados nós já sabemos, embora alguns ainda fiquem indignados, pois não compreendem como pessoas podem praticar preços tão baixos a ponto de ser impossível obter lucro. Estes empresários parecem ter como único propósito destruir os concorrentes com a prática de preços aviltantes. O consolo é que esta prática tende a acabar, na medida em que os clientes percebem que preços ilusórios significam produtos de péssima qualidade. Mas quem é que ganha com a manutenção desta política? Todos perdem! O vendedor, que pode ser um prestador de serviços, depois de intensa luta percebe que não consegue se sustentar e decide pular fora do barco quebrado. O cliente, insatisfeito, reclama que o prestador de serviço não lhe dá a atenção necessária, e vendo seu barco afundando, também pula fora ou tenta buscar outro prestador, agora disposto a pagar preços justos para obter qualidade. Esta realidade acontece diariamente na imensidão deste nosso país, mas parece que a lição não é aprendida por quem é responsável pela educação. Vejam que nas escolas – pasmem -, não ensinam a atribuição de valor ao serviço prestado. Ao médico ensinam conhecer o corpo humano e técnicas para a cura de doenças. Ao engenheiro, tudo a respeito de cálculos, menos dos seus serviços. Ao contador, todos os segredos para mostrar ao cliente a rentabilidade do seu patrimônio. Ao advogado, o conhecimento da legislação. É ... em todos os exemplos pode-se observar que esqueceram de ensinar a atribuição de valor ao trabalho, matéria que deveria ser a principal. As grandes empresas resolvem este problema contratando pessoas que buscaram especialização nesta arte, tornando-as rentáveis e conquistando sucesso. Que saída resta aos empresários individuais ou àqueles que não podem contratar um especialista na arte de precificar? A solução é se especializar! Sim, buscar conhecimento em precificação, pois certamente ele já conhece bastante da atividade que atua, seja ela engenharia, medicina, advocacia, contabilidade etc. Se conhecesse as regras básicas da precificação, o aviltador de preços – que quebra em pouco tempo - poderia estar em atividade, pois todos praticariam preços melhores sem a necessidade de muitos clientes, mas primando pela excelência no atendimento a uma quantidade menor de clientes.

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